Muitas pessoas olham apenas para o preço das ações quando vão investir em uma empresa, mas esquecem de ver o que há por trás daquele valor de mercado. É aí que entra o conceito do valor patrimonial, chamado de P/VPA, que revela o que a companhia realmente tem "no baú".
Imagina que você está comprando uma casa.
O preço dela é o valor de mercado, aquilo que os compradores estão dispostos a pagar.
Mas será que esse valor condiz com o que a casa tem de bens, como móveis, eletrodomésticos, materiais de construção e tudo mais?
O valor patrimonial seria exatamente a soma de todos esses pertences dentro da casa. É como se você fosse vender tudo o que ela tem e juntar essa grana total. Esse é o verdadeiro valor dos "pertences" por trás do preço de mercado.
Com as empresas funciona da mesma forma. O valor patrimonial representa tudo o que a companhia possui: prédios, fábricas, máquinas, estoques, dinheiro em caixa, patentes, marcas, tecnologias e por aí vai.
Para chegar nesse montante, soma-se tudo o que ela tem de ativo (bens e direitos) e subtrai-se todas as dívidas e obrigações que ela possui. O que sobra é exatamente o patrimônio líquido da empresa, ou seu "valor real líquido" depois de pagar todas as contas.
Esse valor do patrimônio líquido total é então dividido pelo número atual de ações em circulação da empresa, resultando no valor patrimonial por ação, chamado de P/VPA.
Se o preço de mercado da ação for igual ao P/VPA, significa que o valor negociado na Bolsa equivale exatamente ao patrimônio contábil por ação daquela empresa.
Quando o P/VPA é maior que 1, quer dizer que os investidores estão pagando além do valor dos "pertences", apostando no potencial futuro da companhia.
Mas cuidado se o P/VPA for muito menor que 1!
Isso pode ser um alerta de que, por algum motivo, o mercado está subavaliando (desvalorizando) os bens daquela empresa, negociando as ações por uma pechincha.
Talvez os investidores não estejam enxergando valor nesses ativos ou temendo pela capacidade de geração de lucros futuros.
Por exemplo, uma ação custando R$ 5, de uma empresa cujo patrimônio contábil vale R$ 10 por ação, tem um P/VPA de apenas 0,5. Isso deveria acender o sinal amarelo na sua análise para entender os motivos dessa possível subavaliação. Pode ser uma excelente oportunidade de compra, mas também pode ser um mal negócio, a depender da avaliação de outros indicadores.
O valor patrimonial representa tudo o que a companhia possui: prédios, fábricas, máquinas, estoques, dinheiro em caixa, patentes, marcas, tecnologias, etc.
O P/VPA não é uma métrica perfeita, já que o valor contábil pode não refletir o real potencial de geração de lucros futuros dos ativos da empresa. Mas ele ajuda muito a ter uma noção se as ações estão sendo negociadas por um preço justo ou não, considerando os "pertences" por trás daquele valor de mercado.
Então, na próxima vez que for analisar ações, não esqueça de olhar também o P/VPA dela!
Pode ser um ótimo alerta sobre subavaliações (avaliações abaixo do valor real) ou supervalorizações (avaliações acima do que realmente valem)injustificadas do seu valor de mercado.
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