Payout - Descubra se a empresa valoriza seus acionistas
Além da possível valorização futura das ações, um dos principais objetivos de investidores na bolsa é receber uma boa remuneração periódica sobre seu capital investido, na forma de dividendos e juros sobre capital próprio.
É aí que entra o indicador conhecido como Payout, que mede exatamente qual percentual dos lucros totais uma empresa efetivamente está destinando para remunerar seus acionistas.
O Payout é a régua que mede se a gestão está recompensando ou não esse investimento de forma justa.
O Payout é calculado da seguinte forma:
Payout = Valor Total Pago em Proventos (dividendos + juros sobre capital próprio) / Lucro Líquido Total no Período
Vamos destrinchar cada parte dessa fórmula:
Valor Total Pago em Proventos = É a soma de todo o dinheiro que a empresa pagou aos acionistas em um determinado período (geralmente 1 ano) na forma de dividendos e juros sobre capital próprio.
Lucro Líquido Total no Período = É o lucro final que a empresa obteve naquele mesmo período, após descontar todos os custos e despesas operacionais, financeiras, impostos etc.
Então, ao dividir o total de proventos pagos pelo lucro líquido total, você descobre que porcentagem desse lucro foi efetivamente repassada aos acionistas.
Por exemplo, se uma empresa obteve R$ 1 bilhão de lucro líquido em um ano e destinou R$ 300 milhões para o pagamento de proventos aos acionistas, seu Payout naquele período foi de 30% (300/1000).
Como considerar as vantagens e desvantagens
Quanto maior o Payout, mais generosa está sendo a companhia em dividir os resultados com seus acionistas. Um payout acima de 50% é geralmente visto com bons olhos, pois indica que a empresa preza por remunerar bem seus investidores com uma boa fatia dos lucros obtidos.
Payouts muito baixos, na casa dos 10-20%, podem ser um sinal de alerta de que a gestão pode não estar tão focada em retornar valor aos acionistas, preferindo reinvestir a maior parte dos ganhos na própria empresa.
Por outro lado, payouts estratosféricos acima de 80-90% também podem ser motivo de preocupação, indicando que a empresa pode não estar retendo lucros suficientes para investimentos futuros, o que pode comprometer seu crescimento no longo prazo.
Então o ideal é sempre buscar empresas com payouts entre 30-70%, que remuneram bem o acionista sem esbanjar todo o caixa, mantendo uma boa reserva para reinvestimentos e capitalização do negócio.
Vale lembrar que o Payout é apenas uma métrica e precisa ser avaliada em conjunto com outros indicadores. Mas ele é muito útil para separar as empresas que realmente valorizam a remuneração dos sócios daquelas que tendem a reter a maior parte dos lucros para si.
Afinal, o acionista é um dos donos do negócio e tem todo o direito de receber uma boa fatia dos resultados positivos que aquela companhia vem obtendo com o passar dos anos.
Como já dissemos: O Payout é a régua que mede se a gestão está recompensando ou não esse investimento de forma justa.
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