13º salário e bônus: estratégias para quitar dívidas e investir o dinheiro extra do final de ano


Com o fim do ano se aproximando, muitas pessoas têm a chance de contar com um dinheiro extra na conta. Entre o 13º salário, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e até bônus oferecidos por algumas empresas, surgem oportunidades de melhorar a saúde financeira e, quem sabe, dar os primeiros passos no mundo dos investimentos. Mas, para isso, é essencial um bom planejamento.


O que fazer com o 13º salário?

O 13º salário é um direito de quem trabalha com carteira assinada e funciona como uma espécie de gratificação anual. Ele pode ser pago em até duas parcelas e deve ser depositado integralmente até o dia 20 de dezembro. Para muitas famílias, esse dinheiro é uma forma de aliviar os custos das festas de fim de ano, quitar pendências ou começar o novo ano com mais tranquilidade.

Além do 13º, algumas empresas, principalmente em setores como o financeiro, oferecem PLR ou bônus que podem chegar a valores expressivos, dependendo da performance do funcionário e da organização. Essa quantia extra muitas vezes dá a falsa sensação de “riqueza imediata”. Porém, é importante controlar os impulsos e priorizar o uso estratégico do valor.


Faça um diagnóstico financeiro: conheça suas dívidas

Antes de pensar em investir, é necessário lidar com as dívidas. Realizar um levantamento completo dos compromissos financeiros ajuda a determinar o que deve ser pago primeiro. Coloque no papel pendências como:

  • Faturas de cartão de crédito;
  • Empréstimos pessoais;
  • Contas atrasadas;
  • Custos fixos que chegam no início do ano, como matrícula escolar, IPTU e IPVA.

Dívidas com altas taxas de juros, como cartão de crédito e cheque especial, devem ser prioridade. Esses encargos geralmente são muito superiores a qualquer rendimento de investimento convencional. Segundo Mariana Souza, consultora financeira, “os juros do cartão podem chegar a 400% ao ano, enquanto investimentos seguros dificilmente passam de 12% ao ano. A matemática aqui é simples: pague o que custa mais caro”.


Investir mesmo com pouco: é possível?

Depois de resolver as pendências financeiras, é hora de pensar nos investimentos. Sobrou pouco? Não tem problema! É importante entender que não é necessário um grande capital inicial para começar.

Pedro Martins, especialista em educação financeira, ressalta: “Investir é como plantar uma árvore. Mesmo com uma semente pequena, você pode ter uma grande colheita no futuro”. A magia dos juros compostos faz com que mesmo quantias reduzidas cresçam ao longo do tempo.

Por exemplo, se você investir R$ 500 por ano durante 10 anos, com uma rentabilidade de 10% ao ano, o valor acumulado será bem superior ao investido.


Opções de investimento para perfis diferentes

Para quem está começando, os melhores investimentos são aqueles que combinam segurança e liquidez. Confira algumas alternativas:

1. Tesouro Direto

Indicado para: investidores conservadores.
Como funciona: você empresta dinheiro ao governo em troca de uma remuneração fixa ou atrelada à inflação. Exemplos:
    • Tesouro Selic: ideal para formar uma reserva de emergência.
    • Tesouro IPCA+: protege o poder de compra contra a inflação, sendo ideal para objetivos de longo prazo.

2. Fundos de Renda Fixa

  • Indicado para: quem busca praticidade e diversificação.
  • Como funciona: um gestor administra os investimentos em ativos como CDBs e títulos públicos.
  • Dica: escolha fundos com taxa de administração inferior a 1% ao ano para otimizar os ganhos.

3. Certificados de Depósito Bancário (CDB)

  • Indicado para: médio e longo prazo.
  • Como funciona: você empresta dinheiro para o banco, que devolve com juros.
  • Vantagem: aplicações protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

4. Letras de Crédito (LCI/LCA)

  • Indicado para: quem quer isenção de Imposto de Renda.
  • Como funciona: são títulos emitidos por bancos que financiam o agronegócio ou o setor imobiliário.
  • Observação: possuem carência, ou seja, o dinheiro só pode ser resgatado após um período.

Cenário prático: multiplicando um 13º salário

Considere um trabalhador que recebe R$ 2.500 de 13º salário e decide investir todo o valor. Aqui está o que poderia acontecer em 10 anos, com diferentes opções de investimento:

  • Tesouro Direto (Selic): rendimento total de R$ 21.200, considerando aportes anuais e taxa média de 11%.
  • CDB: rendimento de R$ 19.800, com retorno médio de 10%.
  • LCI/LCA: rendimento de R$ 18.500, com taxa de 9%.

Conclusão: o poder da disciplina financeira

O final do ano é uma ótima oportunidade para organizar as finanças e construir um futuro mais sólido. Quitar dívidas, programar os gastos anuais e investir são passos importantes para quem deseja maior liberdade financeira.

O segredo está na disciplina:

Planeje seus recursos, invista com frequência e acompanhe o crescimento do seu patrimônio. Afinal, o dinheiro extra pode ser a base de uma vida financeira mais tranquila e próspera.


Você está pronto para transformar seu 13º em um aliado financeiro? O que está esperando para começar?






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